domingo, 9 de maio de 2010

Segredo

E depois do adeus, será que me vês?
Um beijo não é apenas um beijo, sei-o. Mas foges da palavra honesta que é uma jura de amor. Viras costas ao dia em que um abraço foi dedicação e procuras certezas. Fazes o teu caminho sem que possa desejar que olhes para trás. Porque sou as tuas asas. Sou a pedra das escadas do pedestal que te fiz. Vejo-te. Desenho-te, perfeita, porque é do coração. Mas desfaço e recomeço. Porque te vejo. Desta vez, um traço imperfeito, inquieto mas cheio de vida. Um sorriso que me arrebata e fico feliz. Da tua imperfeição, guardo pedaços. Fazem ferida mas não os solto. Junto-os e tenho um espelho. Gosto do que vejo. Por isso, no fim, mesmo que não me vejas, eu estarei aqui.

3 comentários:

  1. Porque será que gostamos sempre do que nos faz mal?! o Ser humano é uma "coisa" estranha...
    seremos todos masoquistas?!

    ResponderEliminar
  2. Olha Ana, estive ainda agora a passar os olhos por um blog de críticos de culinária fina e a resposta deles a um comentário a uma crítica a um restaurante do género 'vocês não gostaram mas eu adoro esse restaurante' foi: 'você é um imbecil'. Por isso... vocé é.... muito fixeee :p (não gostamos do que faz mal, gostamos do desafio, do que não se consegue de bandeja!)

    ResponderEliminar
  3. espera... tu vês blogs de culinária?! mt lol... estou ansiosa pelos bifes:P

    Ainda assim o ser humano é muito teimoso, nada lhe pode ser negado. E apesar de concordar que o desafio é um grande motivador continuo a achar que gostamos de sofrer um bocadinho, talvez para valorizarmos a felicidade (isto já sou eu a divagar :P)

    ResponderEliminar